
Por ter parado de escrever, muitos sentimentos não foram revelados e foram tantas as vezes em que bastou uma música, uma palavra, uma cena de um filme, um toque, um pequeno momento de vida para me derrubares com as memórias do que temos e do que perdemos.
De cada vez que o nosso Pedro cantava sobre "fazer o que ainda não foi feito" um arrepio percorria o corpo...e hoje arrebata a alma
Sei que me vês
Quando os teus olhos me ignoram
Quando por dentro eu sei que choram
Sabes de mim
Eu sou aquele que se esconde
Sabe de ti, sem saber onde
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Trago-te em mim
Mesmo que chova no verão
Queres dizer sim, mas dizes não
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu, sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto para contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
E eu sei que dói
Sei como foi andares tão só por essa rua
As vozes que te chamam e tu na tua
Esse teu corpo é o teu porto, é o teu jeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Sabes quem sou, para onde vou
A vida é curva, não uma linha
As portas que se fecham e eu na minha
A tua sombra é o lugar onde me deito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
(...)
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida inteira
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Talvez tenhas razão (como quase sempre) quando me perguntas se fui fazer o relatório dos estragos...
Mas nada é assim tão simples...
Fui procurar o brilho dos teu olhar
Beijar a tua mão, pedir o teu carinho...
Fecho os olhos e ainda sinto os teus lábios nos meus!
Mesmo que todos os beijos tenham que ser roubados,
mesmo que todos os abraços tenham que ser pedidos,
que todos os toques sejam às escondidas,
cada milésimo do teu tempo comigo representa a eternidade,
porque ao teu lado o tempo pára!
Pouco mais existe!
Sonho ter mais, muito mais
e tu, já me dás tanto.
Tento imaginar o que sentes, se me desejas tanto como eu te desejo...
Se ficas a imaginar como seria estarmos sós novamente, se terias coragem de me agarrar de me beijar e de fazer amor, e imagino as tuas palavras, as lágrimas que seriam de amor...
e o quanto eu desejo te encontrar naquela porta do armário, abraçar o teu corpo e te beijar tão intensamente quanto sinto o meu coração bater neste momento...
E eu tenho que parar agora de escrever, porque me dói a alma, porque as lágrimas não me deixam, e tu estavas bem, e agora talvez estejas triste... ou estás feliz porque te sentes viva, porque sabes que és amada como poucas mulheres algum dia foram amadas!
E recordo!
Recordo as muitas juras de amor que te fiz!
Que espero por ti!
Que te amo na sombra de outros amores!
E, esperarei!
Agora e sempre!
Porque sempre saberás onde está o amor, a paixão!
Para ti, com todo o meu amor.
Sempre teu!
Tenho sempre o brilho do teu olhar, apesar de desejar muito mais, de desejar tudo...